Ele estava convicto que a metafísica do subúrbio dava «um ar da sua graça» sempre que um comboio fantasma atravessava a estação a toda a velocidade. Para todos os efeitos, pensava ele, tinha de haver alguma metafísica naquilo: não estando previsto nos horários, aquele comboio não estava previsto na vida de todos os dias. Soube-se, então, portador de um valioso segredo: talvez o subúrbio fosse um acontecer mais do que um acontecimento; e talvez todos pudessem participar da construção desse sentido. Assim, a condição suburbana traduziria uma subversão das categorias a partir das quais pensamos o subúrbio. Nesse movimento (para o qual alguns vanguardistas arriscariam a designação de pós-suburbanismo...) jogar-se-ia, não o retorno da certeza, mas sim o retorno da humanidade. Afinal de contas, o que é próprio dos Homens: suburbanos ou não.
1 comentário:
O que é próprio dos Homens?... Ser humano... Então andam para aí muitos animais que deviam de estar num zoo e andam à solta...
Desculpem o desabafo, mas foi o que me veio à cabeça.
Beijos a todos e força******
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