segunda-feira, maio 01, 2006

Os Chatos

"A verdade é que vivemos um moralismo legal mais asfixiante e petulante que qualquer teocracia da Antiguidade. Os decretos ministeriais metem o nariz em tudo, do brinde do bolo-rei aos galheteiros nos restaurantes, dos coletes retrorreflectores nos carros aos locais de piquenique. Os menores detalhes da vida privada estão estatuídos em leis, códigos, despachos. A grande parte dos debates políticos da sociedade actual ocupa-se, não de problemas públicos, mas da vida íntima. Num tempo que se julga livre de dogmas e censuras, o grande tema de partidos, deputados, portarias são os hábitos e costumes, o conforto e intimidade, os valores e opções. Não há paralelo na História para esta ditadura moral, nem sequer na república florentina de Girolamo Savonarola. Chegámos ao paroxismo de governos, baseados em maiorias ocasionais, se acharem com direito a redefinir conceitos milenares, como casamento e família, vida e morte."
in DN 01/05/06

1 comentário:

Gil disse...

Dei voltas e mais voltas à cabeça e não percebi nada do que escreveste...Enrosco a minha mão na dele? Mas, d´Ele de quem? Nosso senhor?
Nos filmes de Hollywood é que o amor conquista todas as liberdades. Menos a de si próprio.

Não percebi nada!
Sou um calhau!