segunda-feira, maio 24, 2010

ontem.

E agora a poesia está.
E agora estamos todos poéticos.
E agora estou.
Não quero saber do luar, só do que está debaixo dele.
Quero ver uma imagem e fazer parte dela.
Posso ser um filho morto, caído de cabeça pendurada, ao colo de uma mãe. Matrona que a natureza escolheu. Mãe dos guerreiros sem armas de metal. Mãe árvore que testemunha o círculo (quase) perfeito, círculo que nos devolve a vida enquanto os ramos se cansam.
E agora os filhos morrem nas palavras e vivem nas entre-linhas.
E agora estamos cada vez mais cheios de recordações e vazios de espirito.
E agora fechamos o parêntesis.
E agora?

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