Sem saber porquê, aquele rapaz aceitou o raio do convite para ir dar uma volta. Ele nem sequer queria saber das manifestações que estavam a passar na rua, nem das reconstruções pós-modernas do Maio de 68. Em boa verdade, ele estava-se a cagar para tudo menos para o raio do convite para passear. Não queria saber de bandas mal paridas sem tempo para sofrer, nem de telemóveis, nem de internets, porque ele tinha todo o tempo para sofrer. Porque ele não queria que lhe dessem cabo do juizo, foi dar um passeio pelas ruas dos seus sonhos para saber que afinal tudo estava bem. Por cá, tudo estava por fazer.
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