Hoje cheguei a casa e não gostei de chegar a casa, porque era a minha casa. Senti-me preso, aliás, eu estou preso à minha própria vida. Nem deixo que ela respire e ela não deixa que eu próprio respire. Tudo acontece rápido e tudo fica a meio, nada acaba, tudo não se transforma, tudo fica simplesmente a meio.
A liberdade que eu pensava que tinha fica a meio.
Os meus pensamentos ficam a meio.
Eu fico a meio, quando o que realmente quero é ficar no meio e não sair de lá.
Vou voltar a comer Cerelac e puxar pelas minhas memórias afectivas do tempo em que eu era o centro do mundo.
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