Em caixa preta, de tábuas de madeira pintadas de preto. Uma luz fraca ilumina a plateia de cadeiras vermelhas. Um movimento que diz já estar farto de esperar, outro que crê num único Deus. Parcelas para dentro, outras para fora.
Todos os elementos nascem de saturação, de transbordação, de tudo aquilo que os olhos já não conseguem guardar. Deitei-me só mais uma vez naquele chão pintado, só para sentir o rasto de cheiro que as tábuas iam deixando. As vozes desencontram-se afinadas. O senhor do cabelo pequeno brinca com a menina dos olhos grandes. Mutação completa de anjos em diabos, e de grandes em médios e pequenos.
A coisa acende-se, ilumina-se, prontifica-se. Ninguém separa esta unidade.
1 comentário:
Não haverá, também, uma mutação de diabos em anjos?
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