No século XVIII o Grito era um assassino. Um dia ele matou a avó e a mãe, só não matou o pai e o irmão porque eles tinham morrido na guerra. O Grito não percebia porque é que matava tanta gente, no fundo ele só espetava facas nos corpos das pessoas e isso deixava-o transtornado: “uma faca no corpo será razão para as pessoas morrerem?” pensava ele.
Como estava a ficar bastante aborrecido com esta história, Grito foi entregar-se as autoridades, dizendo que queria ser preso. Grito é então encarcerado na prisão mais segura da cidade. Não tinha ninguém com quem dividir a cela, todos os dias a mesma comida.
Agora o Grito queria arranjar maneira de se safar da prisão, mas não conseguia arranjar maneira, até que se lembrou de uma ideia que lhe parecia brilhante: espetar uma faca no corpo e fingir-se de morto. Então, um dia ele guardou as facas do almoço e do jantar, espetou a primeira faca na perna, mas achou um disparate morrer por causa de uma faca espetada na perna. Pensou noutra alternativa: espetar uma faca no coração, a partir daqui, ele achou que duas facas espetadas no corpo eram uma razão bastante convincente para alguém morrer.
O Grito gritou. Fim da história e o Grito morreu até hoje.
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