As ruas são os meus papéis de lustro coloridos e aguarentos em que passeio as minhas saias e esvoaço na suas rodas vivas de movimentos dançantes. Nas ruas encontro o meu ser espalhado nos livros, nos reflexos dos vidros, nas montras garridas e nos tecidos aveludados, nas músicas sem música, mas com dó e piedade. Na matéria desabafo-me. Ao encontrar-te, meu anjo, sei que fui bruta, mas estava assim, amarga e dura.
1 comentário:
Saludos :)
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