A problemática do trânsito intestinal ocupa um lugar cada vez mais importante no espaço mediático: sucedem-se os anúncios televisivos com promessas de alívio e satisfação imediatos.
Tal como para o trânsito rodoviário, chegará o tempo das rubricas matinais para o trânsito intestinal: todos os dias um convidado diferente e um funcionamento intestinal único.
Brevemente, os debates da nação serão substituídos por seminários públicos de gastrenterologia, os profissionais do sector serão premiados em galas anuais, a indústria farmacêutica tomará conta do mundo a partir das insuficiências intestinais de cada consumidor.
Num futuro próximo, ninguém conseguirá escapar à hegemonia dos paliativos intestinais: até os mais desfavorecidos terão direito a umas drageias made in China.
Mas, apesar de tudo, ficará a faltar um derradeiro passo para o fim da história: quando a produção de paliativos intestinais for definitivamente convertida em produção de paliativos existenciais.
Haverá estômago que resista?
Tal como para o trânsito rodoviário, chegará o tempo das rubricas matinais para o trânsito intestinal: todos os dias um convidado diferente e um funcionamento intestinal único.
Brevemente, os debates da nação serão substituídos por seminários públicos de gastrenterologia, os profissionais do sector serão premiados em galas anuais, a indústria farmacêutica tomará conta do mundo a partir das insuficiências intestinais de cada consumidor.
Num futuro próximo, ninguém conseguirá escapar à hegemonia dos paliativos intestinais: até os mais desfavorecidos terão direito a umas drageias made in China.
Mas, apesar de tudo, ficará a faltar um derradeiro passo para o fim da história: quando a produção de paliativos intestinais for definitivamente convertida em produção de paliativos existenciais.
Haverá estômago que resista?
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