Então é este o paraíso dos tontos?
O baile de gala metafísico?
O grosso dicionário de páginas em branco?
A bolha de sabão de lavanda flutuando para o infinito
Desde o telhado do palácio dos confetti?
Só em si tenho fé, Sr. Verme.
Charles Simic.
sexta-feira, setembro 29, 2006
Interrogando o Sr. Verme.
terça-feira, setembro 26, 2006
Ão Ão
Eu sigo as modas. A minha moda é não ter moda. Caso contrário, ainda me acusam de ser neo-qualquer coisa. Eu tenho modo. E isso basta-me.
Não percebo é como é que a moda das coleiras passou porque vocês são todas umas gandas cadelas.
Não percebo é como é que a moda das coleiras passou porque vocês são todas umas gandas cadelas.
segunda-feira, setembro 11, 2006
Palco de espectros.
Foto de Gonçalo Morais
Debaixo de um céu escuro, no meio dos mistérios do nevoeiro, um palco grande ilumina-se. Um sorriso, um olhar, uma risada, a fúria de uma morte ou de uma loucura.
As personagens enchem o palco cheio do pó das estrelas. O arco espelha o rosto de dois irmãos, dois animais que se preparam para atacar em contra luz. O público dá a primeira risada quando o cómico dá a deixa, ou então chora quando o príncipe enlouquece ou então quando o coração sai destroçado.
Em cima de geometria andam as personagens, numa corte de espelhos que reflectem na floresta encantada e atrás das torres do castelo. Há qualquer coisa que não pode ser magia. Os dedos, o nariz e as orelhas caem no chão.
O primeiro projector acende. Qualquer coisa vindas das entranhas chama por nós, a ansiedade é enorme, a palavra fica gigante e os olhos, as mãos e os pés também.
A personagem entra, a personagem sai, a personagem agradece. A personagem morre. Tudo volta ao inicio.
Palco de espectros, palco vazio.
Debaixo de um céu escuro, no meio dos mistérios do nevoeiro, um palco grande ilumina-se. Um sorriso, um olhar, uma risada, a fúria de uma morte ou de uma loucura.
As personagens enchem o palco cheio do pó das estrelas. O arco espelha o rosto de dois irmãos, dois animais que se preparam para atacar em contra luz. O público dá a primeira risada quando o cómico dá a deixa, ou então chora quando o príncipe enlouquece ou então quando o coração sai destroçado.
Em cima de geometria andam as personagens, numa corte de espelhos que reflectem na floresta encantada e atrás das torres do castelo. Há qualquer coisa que não pode ser magia. Os dedos, o nariz e as orelhas caem no chão.
O primeiro projector acende. Qualquer coisa vindas das entranhas chama por nós, a ansiedade é enorme, a palavra fica gigante e os olhos, as mãos e os pés também.
A personagem entra, a personagem sai, a personagem agradece. A personagem morre. Tudo volta ao inicio.
Palco de espectros, palco vazio.
sábado, setembro 02, 2006
às vezes tem de ser...
- Então do que falávamos? Enquanto engoli este cigarro, tossi e não te ouvi....diz lá. Volta lá ao início.
- O início? Olha, agora é difícil, já estava a caminhar para o fim. Bem, nada de especial. Aliás, nada de especial é fraco...falava da memória dos tempos.
- Ah, esses. Epá! Estás nostálgico e já não tenho grande pachorra para isso. Só quando estou bêbado e mesmo assim desatino com certas pessoas que pensam que as suas memórias são superiores às dos outros. Chiça! Já experimentei uma boa pontaria, marota, para pontos fracos do corpo...mas não resultou. Sei lá: distrair com um riso, com uma blasfémia...apalpar e ser bruto, ao menos assim calam-se, sentem-se ofendidos e vão-se embora...
- O início? Olha, agora é difícil, já estava a caminhar para o fim. Bem, nada de especial. Aliás, nada de especial é fraco...falava da memória dos tempos.
- Ah, esses. Epá! Estás nostálgico e já não tenho grande pachorra para isso. Só quando estou bêbado e mesmo assim desatino com certas pessoas que pensam que as suas memórias são superiores às dos outros. Chiça! Já experimentei uma boa pontaria, marota, para pontos fracos do corpo...mas não resultou. Sei lá: distrair com um riso, com uma blasfémia...apalpar e ser bruto, ao menos assim calam-se, sentem-se ofendidos e vão-se embora...
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