quarta-feira, agosto 30, 2006

Coisas da Mafalda I

Pergunta o Miguelinho:
Que é que te parece que se tem de fazer para que os outros percebam que se é um bom tipo?

Responde o Manuelinho:
Olha, Miguelinho, o que deves fazer é que os outros apenas julguem que és um bom tipo...
porque se chegam a perceber, estás tramado!

segunda-feira, agosto 28, 2006

Vamos!

Large fallen Horse, Robert Doisneau

Vamos! Levanta-te, não te armes em rebelde sem causa, deixa o raio da bebida de lado. Põe-te de pé!
Olha à tua volta, estão todos a olhar para ti e tu deitado, já em pânico, fazes figura de cavalo morto. Pega nos CD's que trazias na mochila, provavelmente estão partidos, mas pelo menos mete-os a tocar num caixote do lixo. Acerta em todos os buracos que encontrares nessa calçada, especialmente aqueles que têm água lá dentro.
Vamos! Ainda não terminamos esta conversa surda de animais.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Gosto do amor e de todas as formas físicas que o permitem exprimir-se.

P.S. cit. do livro Play a Fair Love, de Potion Lady, ed. Kiss me or Die. Trad. Joana Guerra

segunda-feira, agosto 14, 2006

Padeço de saudade múltipla. Se o céu ainda não me esmagou é porque tenho espirro de ferro que o mantém longe. Tenho o quarto desarrumado e pó em várias formas. Tenho livros abertos e só lhes cuspo mais desprezo. Tenho um spray para pintar nas paredes e só consegui pintar as minhas bochechas. Se o coração falasse...o meu diria muitos arrotos. Como tal rei em cima de uma fonte. Um arroto como onda de mar que veio acima e desfez-se em som.

Meu reino

Ao cair do pedestal levarei comigo as ninfas e as guardiãs dos meus cabelos de rainha. Nesse dia, como noutros, vou saltar no meio das gaivotas e cantar com elas a minha liberdade e o meu glorioso passo. Aí, também irei ser rainha dos pássaros. Irei ser coroada no cimo da árvore mais frondoso da floresta e levada nas asas brancas das aves reais para o meu trono de pétalas. Assim, ficará completo o meu reino. Quando os céus forem meus ordenarei sempre sol, luz límpida e cristalina para aquecer as águas onde se banham as aprendizes jovens, deixando-as prosseguir na sua poesia de auréolas e príncipes. Agora, sou a rainha do meu reino incompleto. Quero o meu melro e o meu pardal para me cantarem músicas nas noites prateadas cheias de pós exuberantes a pairarem no ar.


Um riacho.

Um sítio, uma memória, duas pedras demasiado grandes para estarem dentro de uma só cabeça.
É preciso voltar a essas pedras para elas desaparecerem.
A verdade, é que os sítios só são especiais pelas memórias: lembrar que havia um riacho seco numa praia no meio das dunas, basta haver qualquer coisa boa nesse sítio para o riacho se encher de água doce.
Lembro-me que havia um riacho, não me lembro se tinha água ou não, mas lembro-me do riacho.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Lá vou eu.

Fui malhar para uma praia deserta!

quinta-feira, agosto 03, 2006

De mal a pior...

Quando escrevo, escrevo sempre pela mesma razão. O que hoje difere das outras vezes, é que hoje estou sem inspiração.
Dou a felicidade a quem adivinhar essa razão.